Há dias que faço ouvidos surdos ao chamamento da rua.E prefiro espairecer na sala grande dos silêncios, casa dos meus deleites mentais,Vagueando nu ou vestido crio e recrio sem olhares inquisidores a espiar,E o gozo da alma engrandece e aplaude os devaneios de ideias celestiais
Pego no lápis meu instrumento primeiro de criação como piano se tratasse,E toco, toco desenfreadamente as letras para nas palavras surgirem ecos,De sons e tons onde as paixões e emoções se vestem e despem de composições,Veladas pelas mãos alegremente suadas pela escrita sem pontos nem interrogações
Pego na viola, pincel predestinado em espalhar cores em folhas surreais,Onde as formas da pintura se cruzam com pautas de músicas imaginadas,Trauteio canções nunca ouvidas em corpos de mulheres desejadas,Para assim homenagear as danças, as melodias, que a escrita me oferece
E os ruídos da ponta do lápis alongam-se no papel e correm como o tempo,As folhas pensadas, belas e esgotadas, amontoam-se em cenários guardados,No espírito de satisfação onde o tecto da sala é o refúgio
o meu templo!...E agora sim, vou caminhar pelo fresco da noite,Hummmm
isto sabe-me tão bem!...Carlos Reis(Imagem: Web)
De Jasmim a 15 de Julho de 2007 às 16:05
Há poucos dias, cenários ou composições, li-te e fiquei sem saber que dizer-te. A tua alma parecia não saber que rumo levar....é verdade amiguito ... Agora leio-te e tenho a sensação que estás a renovar a alma e a prestar atenção ao que te rodeia de uma forma mais viva e com mais garra. Um abraço muito grande Jasmim
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