Domingo, 15 de Agosto de 2004
Poesia
RESPIRO-TE
Nos altos ramos de árvores frondosas
O vento faz um rumor frio e alto,
Nesta floresta, em este som me perco
E sozinho medito.
Assim no mundo, acima do que sinto,
Um vento faz a vida, e a deixa, e a toma,
E nada tem sentido - nem a alma
Com que penso sozinho.
Nem da erva humilde se o Destino esquece.
Saiba a lei o que vive.
De sua natureza murcham rosas
E prazeres se acabam.
Quem nos conhece amigo, tais quais fomos?
Nem nós os conhecemos.
Negue-me tudo a sorte, menos vê-la,
Que eu estóico sem dureza,
Na sentença gravada do destino
Quero gozar as letras.
Ricardo Reis
Respiro(te) vivo(te)... Lindissimo este poema! Um beijinhos enorme para ti, tem um dia muito feliz!
De
amita a 16 de Agosto de 2004 às 18:31
Fantástico poema,meu amigo. Reli Ricardo Reis, que bom!. Bjinhos
Sempre me emociono ao vir aqui.. os poemas , a música, respira-se paz :)Uma ótima semana, beijo grandão ;)
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