Sábado, 8 de Janeiro de 2005
Poesia
Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...
Compreendo a intervalos desconexos;
escrevo por lapsos de cansaço;
e um tédio que é até tédio arroja-me à praia.
não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme,
não sei que ilhas do Sul impossível aguardam-me náufrago,
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
nas estradas e atalhos das florestas longínquas
onde supus o meu ser;
Fogem desmantelados, últimos restos
da ilusão final,
os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
as minhas coortes por existir, esfaceladas em Deus...
Álvaro de Campos
A Poesia tem este poder, de nos fazer pensar, de nos fazer percorrer caminhos, e de encontrarmos respostas.. Belissimo! Um beijo para ti, meu amigo. Desejo-te uma semana muito feliz
De
amita a 8 de Janeiro de 2005 às 19:38
Venho desejar-te um bom fim de semana e mandar-te um bjinho meu amigo
De
amita a 8 de Janeiro de 2005 às 19:38
Venho desejar-te um bom fim de semana e mandar-te um bjinho meu amigo
De
amita a 8 de Janeiro de 2005 às 19:37
Venho desejar-te um bom fim de semana e mandar-te um bjinho meu amigo
De
amita a 8 de Janeiro de 2005 às 19:37
Venho desejar-te um bom fim de semana e mandar-te um bjinho meu amigo
De
amita a 8 de Janeiro de 2005 às 19:37
Venho desejar-te um bom fim de semana e mandar-te um bjinho meu amigo
De Alex a 8 de Janeiro de 2005 às 15:08
Olá.
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