
Alegria sem roupasMãos nuas pedintes de sedeAmantes desfloradas no ventre do sucoConcavas e húmidas como pedaços de terra extasiadosSuavizantes na luta dos toques nas margens arrepiantes da pelePrazeres do fresco na carne palpitante em gritos de som mudoQuentes nas correntes em desvarios sem tino deslizando tontasFluxos de ondas cantadas ao desafio em deslizares de dedos estonteantesVolúpias nas entranhas dos céus desaguadas no leito do sangue diabolizado Docilidades aceite no mar do corpo
nu e cru
como foi criado
São partilhas em cumplicidades dadas sem regras nem guerraComo a chuva no seu permanente gotejar fertiliza a terraComo a mar que robusta as areias nas encostas no seu vai e vem E as estrelas no seu gostar de entrega povoam o nosso imaginário do além
Há as respirações dos astros que ao longe se namoramHá os beijos oferecidos em ruas desertas sem combinaçõesHá os encontros ditos para outros dias sem marcaçõesHá as promessas e juras de paixões sob lágrimas muitas, Que testemunham
o belo do gostar e caminhar no estar a doisDestinos ligados nos sulcos escritos nas palmas das mãos
E tal como o sol e lua nos mostra nos seus deleites a toda a horaNem todas as nuvens se podem tocar
mesmo próximasAssim, deixemos todas as partes de nós vaguear à vontadeE no deambular nos sopros da vida, tacteando, pode-se sonharE encontrar
a porta de quem lá mora
E na alegria da vitória ergue-se a aura esfusiante da satisfação! Carlos Reis(Imagem Web)