Rostos cansados descem a calçada da vida ainda a meio,Quando a amargura se apossa da alma dos seus corpos,Na saúde que se sente esvair-se a passos largos,E na interrogação da culpa que não é de ninguém.Sentidos naturais estes,De quem tantos projectos elaborou,E num repentino golpe de células se desmoronou.Toda a firmeza dos actos e risos se desvanece,A limpidez do olhar se entristece,No palco outrora belo e sadio.Ficam adiados os passeios e as viagens,Ficam adiadas as aventuras e paixões,Ficam adiados os amores e confissões.Assim se mostra, acontece, toda a pequenez da criatura!Carlos Reis