Quinta-feira, 28 de Junho de 2007
Bailado Nocturno

Não quiseste vir e fui só pela noite apanhar o brilho das luzes,Assobiando baixinho por ruas e travessas nuas,Na companhia das sombras que a brisa fresca inventa,Em danças estranhas deitadas no chão e encostadas às paredes,Como nos palcos dos circos onde os corpos voam sem redes
Desci escadas e vielas em direcção ao rio,De braço dado com minha sombra,Que teimosamente não me largava,Em jeito de anjo da guarda.Caminhei pelas bermas da água olhando a ondulação de coloridos vários,E no namoro do rio com as margens em toques sossegados,- Beijos repetidos em silêncio e cumplicemente sonegados!...E as estrelas e constelações que comigo brincaram aos brilhos,- Ai o que tu perdeste
quando doidas de riso me ofuscaram,De bailados e cânticos, como nunca vi, onde o céu e a terra me tocaram!... Carlos Reis(Imagem: Web)
De
Cakau a 5 de Julho de 2007 às 14:10
E que bailado, meu amigo! :) Lindo! *
De
impulsos a 4 de Julho de 2007 às 15:08
Tu sabes escrever tão bem!...
Até da tua solidão compões um poema lindíssimo, que só as estrelas tiveram o prazer de ler em primeira mão.
Um beijo
Num bailado onde os passos são uma dança com o tempo, no espaço interior...
Mesmo que "solitário"; como as palavras deste seu poema, suavizam esse momento da noite.
E, ainda bem :)
Gostei de ler.
Um abraço
È assim. Há caminhos que temos de ser nós a percorrer sozinhos. Pode ser doloroso. Mas às vezes a jornada torna-se mais proveitosa.
Belo poema. Gostei
De
ana luar a 28 de Junho de 2007 às 08:53
Dancei ao som desta musica fabulosa que são os sentimentos puros... e gostei... gostei tanto que me apaixonei!
De
Secreta a 28 de Junho de 2007 às 08:45
Não estavas só , pois que o teu coração estava cheio.
Beijito.
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